quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ataque de esquisitice.

Cada momento meu é uma descoberta sua. Todos os dias, assim que acordo não sei como vou me deparar com minha própria pessoa, ali, em frente ao meu próprio espelho que todo dia me vê, sem susto. Mas eu, pobre eu, me assusto. Não veja isso como medo de minha singela aparência, mas as bolsas debaixo dos meus olhos representam as noites não dormidas, as madrugadas que eu não pude cochilar pois só pensava em você, ou que simplesmente fiquei ali, totalmente acordada esperando você me ligar.
Eu pisco. Levo a mão aos olhos e esfrego devagar. Isso não será suficiente para remover aquela enorme cratera preta de rímel da noite anterior. Tão feio, chorei. Borrou. Sofri. Manchou. Fico louca. Sim, se tornou loucura.
São tantos ataques que eu mesma me desconheço, entende? Nem procuro mais compreender o que eu ando vestindo, ou até mesmo uma frase vulgar que solto. E você ri. Sempre ri. Sempre também acha graça dessa minha bipolaridade aguda! Me acostumei em te ter como platéia. Me indago se você gosta do que tem assistido, afinal você além de platéia é o diretor. Todos os ataques originam de você.
Nem meu quarto me tolera. As paredes me olham de lado, desconfiadas. Meu armário não quer ser meu abrigo mais. Meu ursos tampam os ouvidos cada vez que falo de você. As pessoas nas fotos e 'posters' fecham os olhos e debocham todas as vezes que me vêem.
Pode parecer idiotice mas é verdade. Chega a ser pior, chega a ser doentio e engraçado. Pra você (....) tá, pra mim também. Sinto-me louca, eu sou estranha. E quem liga... ? Você?!

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